Ganhos e perdas <br>nos CTT privados

Na quinta-feira, dia 19, durante a manhã, frente ao Ministério do Trabalho, o Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações realizou uma tribuna pública, integrada na semana de luta da CGTP-IN, para iniciar um balanço da privatização dos CTT, concluída a 5 de Setembro de 2014, mas antecedida de vários anos de política de direita e medidas que prepararam a alienação da empresa, como lembrou Bruno Dias, que saudou a iniciativa, em nome do grupo parlamentar do PCP.

Num documento ali divulgado, o sindicato da Fectrans/CGTP-IN apresentou contas dos lucros que deixaram de reverter para o Estado; dos 2853 postos de trabalho eliminados entre 2009 e 2015; da deterioração da qualidade do serviço; do encerramento de 481 estações e 1047 postos de Correios, entre 2002 e 2015; do aumento desmesurado das tarifas, sobretudo no serviço universal, com a tarifa-base a subir 12 por cento, em 2014, e 6,8 por cento, em 2015.

Nas intervenções foram desenvolvidos estes e outros aspectos, como o ataque aos trabalhadores e à negociação colectiva, para impor salários baixos e diferenciados, na tentativa de minar a unidade.

Arménio Carlos destacou que a realidade acabou por desmentir o essencial do que diziam os defensores da privatização, pois os trabalhadores não ficaram melhor, a população paga mais e está mais mal servida, a receita arrecadada pelo Estado não diminuiu a dívida pública nem ajudou a economia do País. O Secretário-geral da CGTP-IN reafirmou que as privatizações precisam de ser revertidas, para construir um caminho diferente do que foi imposto até agora, que passará obrigatoriamente por responder aos problemas de fundo da dívida e do Tratado Orçamental.

 



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